terça-feira, 23 de setembro de 2014

O povo Europeu de hoje.

Três tribos da antiguidade deram origem ao europeu moderno.
Principais populações eram de caçadores de pele escura e olhos azuis e de fazendeiros de pele clara e olhos castanhos
Desenho feito por artista mostra como era o caçador de pele morena e olhos azuis

O europeu moderno teve origem a partir da mistura, ao longo dos últimos 7 mil anos, de apenas três tribos da antiguidade, segundo um estudo publicado na revista Nature.
A principal miscigenação partiu do encontro de uma tribo de caçadores de pele morena e olhos azuis com outra vinda do Oriente e formada por fazendeiros de pele clara e olhos castanhos.
Uma terceira tribo de características siberianas também contribuiu para a formação da genética europeia moderna.
A pesquisa foi feita a partir da análise do genoma dos restos de nove europeus que viveram na antiguidade.
Caçadores
A agricultura surgiu no Oriente, em território hoje formado pela Síria, o Iraque e Israel, antes de se expandir para a Europa há cerca de 7,5 mil anos.
Evidências apontavam que este novo estilo de vida havia se espalhado pelo continente com a chegada de imigrantes, que tiveram filhos com integrantes de tribos europeias de caçadores com os quais encontraram em seu caminho migratório.
Mas as crenças sobre a origem europeia tinham como base os padrões genéticos de pessoas vivas. A análise do DNA de ossos antigos testou estas teorias e trouxe algumas surpresas.
O DNA contém instruções bioquímicas para a construção do organismo humano e se encontra no núcleo de nossas células.
No novo estudo, David Reich e seus colegas da Escola de Medicina de Harvard estudaram o genoma de sete caçadores da Escandinávia, de um outro caçador cujos restos mortais foram encontrados em uma caverna em Luxemburgo e de um fazendeiro de Stuttgart, na Alemanha.
Os caçadores chegaram à Europa milhares de anos antes do surgimento da agricultura, se abrigaram no sul do continente durante a Era do Gelo e se espalharam no período conhecido como Mesolítico, depois que as camadas de gelo derreteram no norte e no centro da Europa.
O genoma do grupo não corresponde ao de nenhuma população moderna, o que indica que ele se perdeu com a evolução humana, na transição para uma sociedade baseada na agricultura.
No entanto, seus genes sobrevivem no DNA de europeus modernos, principalmente naqueles que vivem no norte e no leste do continente.
O genoma do fazendeiro de Stuttgart tinha um padrão completamente diferente, compatível com o da população atual da ilha da Sardenha, na Itália, e era bem diferente do genoma dos caçadores antigos.
Mas, apesar dos fazendeiros da antiguidade compartilharem algumas similaridades genéticas com populações atuais do Oriente, também há diferenças significativas.
Reich sugere que migrações mais recentes à "terra natal" dos fazendeiros podem ter diluído seu material genético nesta região.
Os genes responsáveis pela pigmentação dos olhos e da pele de caçadores e fazendeiros mostra que, enquanto o cabelo escuro, os olhos castanhos e a pele alva dos fazendeiros antigos não seria algo estranho nos dias de hoje, os caçadores se destacariam na multidão.
"Eles tinham uma combinação de pele escura e olhos azuis que não existe mais nos dias de hoje", disse Reich à BBC.
Carles Lalueza-Fox, do Instituto de Biologia Evolucionária em Barcelona, na Espanha, disse que a pesquisa contraria as noções atuais destas populações antigas.
"As reconstruções das populações mesolíticas sempre as mostraram com pele alva. E os fazendeiros às vezes aperecem com pele escura. Esse estudo mostra que era o contrário."
Pele clara
Então, de onde veio a pigmentação mais clara dos europeus de hoje? Provavelmente os fazendeiros tinham um gene de pele mais clara que persiste até hoje.
"Existe um argumento que diz que a pele clara é mais vantajosa para quem realiza agricultura, porque estas pessoas precisam produzir vitamina D, enquanto os caçadores conseguem esta vitamina de sua comida", diz Reich.
"Uma vez que o caçador se torna agricultor, ele não tem mais tanto acesso a esse tipo de vitamina, então, existe uma seleção natural que 'clareia' a pele da população."
Quando os pesquisadores analisaram o DNA de 2.345 pessoas dos dias de hoje, eles descobriram que uma terceira população influenciou na complexidade genética dos europeus modernos.
Essa tribo "adicional" é a mais enigmática e, de forma surpreendente, tem relações com os nativos da América.
Pistas deste grupo surgiram na análise do genoma europeu há dois anos. Chamados de "eurasianos do norte", este grupo permaneceu como uma "população fantasma" até 2013, quando cientistas publicaram o genoma de um garoto que viveu há 24 mil anos na Sibéria.
Esse indivíduo tinha similaridades genéticas tanto com europeus quanto com nativos americanos, o que sugere que ele fazia parte de uma população que havia contribuído para a migração rumo ao Novo Mundo há 15 mil anos e depois para a Europa.
O caçador antigo de Luxemburgo e o fazendeiro da Alemanha não exibem sinais de miscigenação com esta população, implicando que este terceiro ancestral foi adicionado à mistura continental depois que a agricultura já havia se estabelecido na Europa.
O estudo também revelou que os primeiros fazendeiros e seus descendentes europeus têm como ancestrais uma linhagem antiga conhecida "eurasianos basais". Este grupo representa a primeira separação ocorrida entre os humanos que deixaram a África há 60 mil anos.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Eleições 2014


Muito se fala que a escola deve formar cidadãos e, portanto, nada mais natural que as eleições sejam abordadas na sala de aula. Claro que esse não é o único momento em que exercemos a cidadania, mas é sem dúvida um momento-chave para a vida política e que deve ser discutido com os alunos.
A seguir, elenco sugestões de assuntos que podem ser discutidos em sala de aula, através de pesquisas, e entrar no atual processo eleitoral que acontece neste ano de 2014 e que pode ser esclarecedora.
Atribuições de cada cargo: Neste ano, teremos eleições para presidente da república, governador de estado, senador, deputado federal e deputado estadual. Muitas pessoas têm dúvidas sobre qual o papel de cada um desses cargos no funcionamento da vida pública. Um tópico interessante para abordar é, quem faz o quê. A seção de “Perguntas Frequentes” da Cartilha do Eleitor Consciente, do Tribunal Superior Eleitoral, traz essas informações

PRESIDENTE: Entre seus postos acumula as funções de chefe de governo e chefe de Estado. Cabe a ele dirigir a administração federal, nomear os ministros de Estado que vão cuidar de assuntos estratégicos, como as relações internacionais, a saúde, movimentando a economia e divulgando a imagem do país no exterior. Além disso, é o responsável por sancionar, promulgar e fazer as leis, assim como expedir decretos e regulamentos e exercer o comando supremo das Forças Armadas.

GOVERNADOR: É o cargo mais alto dentro de um Estado, ele é também responsável pelo poder executivo. Comanda a segurança e nomeia secretários, responde pela direção da administração estadual e a representação do Estado em suas relações jurídicas, políticas e administrativas. O Governador defende interesses como a busca por investimentos e obras federais.

DEPUTADO FEDERAL: O número de deputados eleitos por cada estado depende do contingente populacional, além disso, sua eleição é realizada através do sistema proporcional, ou seja, um candidato pode ganhar a vaga mesmo se obtiver menos votos que outro isso porque sua eleição depende também da votação conseguida pelas legendas a que ambos pertençam. O Estado De São Paulo elegeu 75 Deputados Federais.
Como dito anteriormente, o Deputado Federal cria e modifica leis, aprova ou rejeita projetos de lei com origem no executivo.

SENADOR: Cada estado elege 3 representantes, são 8 anos de mandato e não há limite para a reeleição, mas a representação renova-se de 4 em 4 anos, alternadamente, por um e dois terços. O Senador fiscaliza o Presidente, o Vice e os Ministros e ajuda a decidir sobre o orçamento nacional e a utilização do dinheiro público. Além disso, elaboram leis que trazem benefícios para os Estados e tomam decisões importantes sobre acordos internacionais. O Senado Federal funciona como um órgão revisor das decisões da Câmara dos Deputados.

DEPUTADOS ESTADUAIS: Representam o eleitor na esfera estadual. Para a eleição de determinado candidato é considerada a votação de seu partido político ou legenda, além da votação recebida na eleição. O Deputado Estadual atua por 4 anos e pode concorrer a eleição diversas vezes, sem haver uma quantidade limitada de mandatos. O Deputado Estadual fiscaliza as contas de governo estadual, cria Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) além de legislar, propor, emendar, alterar, e revogar leis estaduais.

Divisão de poderes
Relacionado ao tópico anterior, mas além dele, temos a organização em três poderes (executivo, legislativo e judiciário) e as suas diferentes esferas (municipal, estadual e federal). Conhecer as responsabilidades de cada um, bem como suas limitações, é interessante.
Poder Executivo: O Poder Executivo, como o próprio nome já pressupõe, é o poder destinado a executar, fiscalizar e gerir as leis de um país. No âmbito deste poder está a Presidência da República, Ministérios, Secretarias da Presidência, Órgãos da Administração Pública e os Conselhos de Políticas Públicas. Sendo assim, essa escala do poder decide e propõe planos de ação de administração e de fiscalização de diversos Programas (social, educação, cultura, saúde, infraestrutura) a fim de garantir qualidade e a eficácia dos mesmos. É válido destacar que no município, o Poder Executivo é representado pelo Prefeito enquanto a nível estatal é representado pelo Governador.
Poder Legislativo: O Poder Legislativo é o poder que estabelece as Leis de um país. Ele é composto pelo Congresso Nacional, ou seja, a Câmara de Deputados, o Senado, Parlamentos, Assembleias, cuja atribuição central é de propor leis destinadas a conduzir a vida do país e de seus cidadãos. O Poder Legislativo, além de desempenhar o papel de elaboração das leis que regerão a sociedade, também fiscaliza o Poder Executivo.
Poder Judiciário:  O Poder Judiciário atua no campo do cumprimento das Leis. É o Poder responsável por julgar as causas conforme a constituição do Estado. É composto por juízes, promotores de justiça, desembargadores, ministros, representado por Tribunais, com destaque para o Supremo Tribunal Federal – STF. Essencialmente, o Poder Judiciário tem a função de aplicar a lei, julgar e interpretar os fatos e conflitos, cumprindo desta forma, a Constituição do Estado.

Curiosidades
A “Teoria dos Três Poderes” do Filósofo Montesquieu, influenciou na criação da Constituição dos Estados Unidos. Com isso, a divisão dos três poderes da esfera política, tornou-se a base de qualquer Estado Democrático Contemporâneo.
O mais antigos dos três poderes é o Poder Judiciário, uma vez que na cidade Grega de Atenas existiam tribunais formados pelo povo, que além de possuírem suas funções legislativas, tinham como principal intuito julgar as causas dos cidadãos atenienses.
A Constituição Brasileira adotou a Tripartição de Poderes — Legislativo Executivo e Judiciário — no Plebiscito de 1993.
No Brasil, o Poder Executivo e o Poder Legislativo são definidos a partir de votação direta, enquanto o Poder Judiciário é direcionado por ministros indicados pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado.
Voto proporcional
Nas eleições para cargos legislativos, como para deputados estaduais e federais, o sistema de votação é proporcional. Como o próprio nome diz, a contagem não é direta (como acontece para presidente da república) e exige um cálculo. Além disso, para compreender o sistema, é preciso entender o que é partido e coligação. Um casos interessante para estudar o sistema de voto proporcional é a do palhaço Tiririca em 2010. 
Voto proporcional: é o sistema utilizado atualmente no Brasil. Segundo o livro "Sistemas Eleitorais - Uma Introdução", do cientista político Jairo Marconi Nicolau, cada Estado (ou distrito eleitoral) elege um determinado número de representantes de acordo com sua população (por exemplo, o Estado de São Paulo, o mais populoso, tem direito a 70 cadeiras na Câmara dos Deputados). O objetivo do sistema proporcional é garantir um grau de correspondência entre votos e cadeiras recebidas pelos partidos em uma eleição. Por exemplo, um partido que tenha recebido 15% dos votos teria direito a cerca de 15% das cadeiras. Nesse sistema, o partido apresenta uma lista de candidatos para as eleições e, a distribuição das cadeiras parlamentares é feita de acordo com os votos dados em cada lista. Há, no entanto, diversos métodos para distribuir as cadeiras entre os partidos, envolvendo cláusulas de exclusão e  coligações partidárias.
- Voto distrital: nesse tipo de votação, o Estado seria dividido em vários distritos, e cada distrito elegeria um deputado por maioria simples (50% dos votos mais um). Assim, o candidato mais votado é eleito.
- Proposta em dois turnos: segue o mesmo modelo do voto distrital, mas, para ser eleito, o deputado tem que receber pelo menos 50% dos votos dos eleitores. Na prática, seria como se houvesse segundo turno também na eleição para deputado.
- voto distrital misto: É uma combinação do voto proporcional e do voto majoritário, de acordo com proposta em tramitação no Senado. Os eleitores tem dois votos: um para candidatos no distrito e outro para as legendas (partidos). Os votos em legenda (sistema proporcional) são computados em todo o estado ou município, conforme o quociente eleitoral (total de cadeiras divididas pelo total de votos válidos). Já os votos majoritários são destinados a candidatos do distrito, escolhidos pelos partidos políticos, vencendo o mais votado.
- voto "distritão": proposta semelhante à do voto majoritário. Seriam eleitos os candidatos mais votados nos Estados e no Distrito Federal, que seriam entendidos como circunscrições eleitorais, ou seja, não seriam divididos em distritos - daí o nome "distritão". O sistema seria semelhante ao do voto majoritário - usado para cargos do Executivo e para o Senado -, só que para deputados federais, estaduais e vereadores.

Segue video da primeira etapa do projeto eleições 2014 que editei para o Colégio Cristão Ebenézer Assista aqui.
Neste Video, fiz um resumo da Divisão de poderes:  executivo, legislativo e judiciário e as suas diferentes esferas de uma forma dinamica logo em seguida o video mostra o processo das eleições politicas até sua finalização e complementa com as mais diversas propagandas politicas  existente na atualidade e sua consequencia para sociedade.
Fontes: Revista Escola, Google imagens, Uol.